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O Correr da Vida e a Coragem de Estar Presente

Sentimento que não espairo; pois eu mesmo nem acerto com o mote disso, o que queria e o que não queria, estória sem final. O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem…”
(Guimarães Rosa – Grande Sertão: Veredas)
A vida não vem com manual, e talvez seja exatamente por isso que ela nos inquieta tanto. Em um mundo que nos vende, a todo instante, a ideia de que podemos (e devemos) controlar tudo, lembrar que o correr da vida embrulha tudo pode ser, ao mesmo tempo, libertador e desconfortável.

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"Afeto" - Augusto Higa

O que quer a mãe?

Nessa jornada, o que se discutiu foi que a maternidade já não é mais, como já foi um dia, a saída primordial para uma mulher diante de seus impasses. A maternidade, hoje, implica uma escolha. Uma mulher pode, ou não, escolher ser mãe.

A partir dessa possibilidade, abrem-se diversas questões. Vou trazer aqui, duas dessas vias diante da maternidade. Não são as únicas, mas, são duas recorrentes das quais eu tenho pensado.

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Museu de Imagens do Inconsciente

Museu de Imagens do Inconsciente: um santuário entre arte, ciência e cuidado

Hoje, na data da publicação deste artigo, o Museu de Imagens do Inconsciente comemora mais um ano de vida, foi fundado em 20 de maio de 1952. Ao entrar no site do Museu de Imagens do Inconsciente, você lê na página principal o seguinte: “Criado como um centro de estudo e pesquisa, o Museu de Imagens do Inconsciente, localizado no Rio de Janeiro, cuida e divulga um importante patrimônio da humanidade. São milhares de obras que produzidas por pessoas que experienciaram vivências psíquicas profundas. Suas portas estão abertas a pesquisadores e ao público em geral.” Dessa forma se percebe de cara a seriedade do que foi construído e ainda o é, nesse espaço de arte, ciência e cuidado fundado pela psiquiatra Dra. Nise da Silveira e seus colaboradores.

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Nise da Silveira: quando o afeto vira revolução

Enquanto a psiquiatria da época apostava em lobotomias e eletrochoques, Nise acreditava que o afeto, o olhar atento e o fazer com as mãos podiam tocar onde os remédios não chegavam. No Hospital do Engenho de Dentro, ela criou um espaço onde pessoas diagnosticadas com transtornos mentais podiam pintar, modelar, costurar — e, nesse contato íntimo com os materiais, revelar algo de si. Não para serem “consertadas”, mas para serem vistas.

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Simbolizar o diagnóstico como ponto de partida e não como destino.

Diagnóstico: ponto de partida, e não um destino

Um diagnóstico não nasce de um vídeo viral. Ele se constrói ao longo de muitos encontros. Envolve testes, sim, questionários, instrumentos validados — mas também, e principalmente, envolve escuta. Porque não estamos lidando apenas com sintomas; estamos lidando com sujeitos. E sujeito é atravessado por história, cultura, instituições, condições sociais e econômicas. É preciso conferir valor singular ao sofrimento. Porque sofrimento não é genérico — ele tem nome, cor, classe, tempo e espaço.

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