Mulher: artesã da sua própria feminilidade

No Dia Internacional da Mulher, muito se fala sobre força, resistência e conquistas. Mas pouco se fala sobre o que realmente significa ser mulher. Como se fosse uma resposta dada, fechada, pronta para ser repetida. Como se houvesse um único modelo a seguir.

Mas Lacan nos lembra que “A Mulher não existe” – não porque as mulheres não existam, mas porque não há uma única definição que dê conta do feminino. O feminino, em sua essência, é um conjunto aberto ao infinito, algo que nunca se fecha por completo, nunca se esgota em uma única forma.

E se não há uma definição fixa, significa que cada mulher é, à sua maneira, mulher. Malvine Zalcberg expressa isso lindamente ao afirmar que cada mulher é artesã da sua própria feminilidade. Ou seja, não há uma receita pronta para ser mulher, porque ser mulher não é algo que se recebe, é algo que se cria, se experimenta, se inventa.

E quantos caminhos há nessa invenção? Tantos quantas forem as mulheres no mundo.

Ser mulher pode ser acolher a própria singularidade, recusando rótulos que não lhe cabem. Pode ser desafiar expectativas, questionar lugares que pareciam pré-destinados. Pode ser se reconhecer nos laços que tece com outras mulheres, mas também se permitir ser única, inclassificável.

Se o feminino é um conjunto aberto ao infinito, então ser mulher não é sobre se encaixar, mas sobre se expressar.

Neste Dia da Mulher, que possamos celebrar não um modelo único, mas a infinidade de maneiras de ser quem somos.

Porque cada uma é, à sua maneira, mulher.

Visite nosso blog! Veja as última postagens

O Anseio que Nos Habita: Reflexões sobre Ansiedade, Desejo e Individuação

Mas a ansiedade não é apenas um sintoma clínico a ser eliminado; ela é um fenômeno psíquico que carrega um significado profundo. Para Lacan, a ansiedade, a angústia é um afeto que não engana, revelador do desejo e da falta. Na Psicologia Analítica de Carl Gustav Jung, a ansiedade é vista como um sinal de conflito entre consciente e inconsciente, um chamado para a individuação. Assim, a ansiedade se manifesta não apenas como sofrimento, mas também como um indicador de algo maior—um anseio que atravessa o sujeito.

Leia mais »

Janeiro Branco: O Cuidado com a Saúde Mental Vai Além de um Mês

O Janeiro Branco chega ao fim, mas o compromisso com sua saúde mental deve continuar. Cada dia é uma nova oportunidade para refletir, se compreender e cuidar de si mesmo. Não adie o cuidado que você merece. Ao perceber que é hora de começar essa jornada, procure o apoio de um psicólogo. Valorizar a saúde mental é uma forma de se fortalecer para enfrentar os desafios da vida com mais resiliência e autenticidade.

Leia mais »
plugins premium WordPress